No passado dia 25 de junho de 2021, pelas 15h, decorreu mais uma edição da rúbrica "Vamos Falar de…". "Como superar um não atípico"

Vamos falar de ... Como superar um ano atípico

No seguimento da edição anterior, a rúbrica “Vamos falar de...” manteve a discussão do tema da saúde mental em aberto, de forma a desmistificarmos todos os preconceitos que ainda possa haver. O Departamento de Política Educativa desenvolveu a 3ª edição desta rúbrica, unindo membros dos órgãos da Faculdade de Arquitetura e uma profissional da área da Saúde.

A pandemia é um assunto que engloba toda a comunidade académica, professores, alunos e não docentes, todos temos um papel a desempenhar no corpo estudantil, mas também todos somos humanos com emoções, problemas e dificuldades pessoais.

Deste modo, no passado dia 25 de junho, realizou-se mais um “Vamos falar de ...”, via Zoom, que por sua vez foi transmitido live na rede social Facebook, para debater como foi este ano atípico dentro das várias perspetivas dos diversos elementos da Faculdade de Arquitetura

Estiveram presentes neste debate de perspetivas o Presidente da Faculdade, Professor Doutor Carlos Dias Coelho, o Coordenador de 2º ciclo e professor de 5º ano do MIArq, Professor Doutor Pedro Pimenta Rodrigues, o professor de 1º ano do MIArq Int&Reab, Professor Doutor Amílcar Gil Pires, a psicóloga da Universidade de Lisboa, Dra Olga Ferreira Horta e a aluna de 3º ano de Design de Moda, Margarida Borges e a aluna de 1º ano de MIArq, Catarina Freitas.

Cada convidado falou, durante dez minutos, sobre a sua experiência e como foi superar todas as dificuldades neste ano atípico. O Professor Carlos Dias Coelho foi o primeiro a ter a palavra e falou um pouco de como foi e tem sido gerir uma faculdade em tempos tão incertos e como apesar de todas as dificuldades e decisões tomadas em pouco tempo, foi capaz, na sua perspetiva de gerir todas as necessidades da comunidade académica. Frisando também que continua a ser um desafio, pois ainda estamos a viver tempos incertos e de mudança.

De seguida o Professor Pedro Rodrigues mostrou o seu contentamento e orgulho na superação mostrado por todos os elementos do corpo académico, mesmo tendo sido um ano complicado considera positivo o balanço final. O professor Amílcar Gil Pires, sendo o convidado representativo dos professores de primeiro ano, tinha uma opinião um pouco diferente, pois sentiu que havia uma grande desmotivação dos alunos e, por vezes, era difícil alcançar os estudantes, assim como a falta de compreensão e apoio de alguns professores também não melhorava a situação. Foram também mencionados pelos dois professores algumas técnicas utilizadas para cativar e manter, dentro do possível, o espírito de ensino presencial através de um ecrã.

Após os docentes exporem as suas perspetivas foi dada a palavra às alunas. Começando pela aluna Margarida Borges que descreveu os aspetos positivos e negativos ao longo do ano, como o melhoramento do ensino de alguns professores, mas em simultâneo a sobrecarga de trabalhos exigido. A Margarida contou também um pouco do seu percurso deste ano, especialmente como o bem-estar mental nem sempre foi algo garantido, no seu caso. Explicou também que nem sempre sentiu o apoio que necessitava dos professores, mas que com muito trabalho pessoal e ajuda psicológica conseguiu chegar a um nível de compreensão pessoal que lhe permitiu ser um exemplo para todos nesta conversa, desmistificando a saúde mental e como falamos sobre o tema.

A aluna Catarina Freitas falou de seguida, contando como foi a sua adaptação neste ano e mostrando a sua perspetiva como aluna de primeiro ano, que nunca tinha tido contacto ou experiência neste mundo académico. A Catarina explicou também que não foi um ano fácil pessoalmente e, como muitos outros, ela própria ponderou se este seria o melhor curso si. Todo este processo foi uma conquista pessoal e com a ajuda de colegas conseguiu superar as suas dúvidas e descobrir o que é realmente estudar na Faculdade de Arquitetura.

Por fim, a psicóloga Olga Horta tomou a palavra, dando a sua perspetiva enquanto ouvinte das dificuldades dos alunos da Universidade de Lisboa. O principal momento que marca o seu discurso é a frase mais expressa pelos alunos que atende — “Estou cansado.” — uma premissa que realmente todos nós sentimos este ano.

Todos vivemos um ano atribulado, provavelmente com mais momentos baixos do que altos, é normal sermos alvos de uma avalanche de emoções com as quais não sabemos lidar. Assim, é essencial termos consciência das nossas dificuldades e desmistificar o pedido de ajuda. Se precisas pede ajuda, percebe que não estás sozinho e apoia-te em quem te rodeia e em profissionais da saúde.

Podes ver ou rever, na página de Facebook da AEFA, a conversa "Vamos falar de... Como superar um ano atípico."