No âmbito do processo de revisão do Regulamento de Avaliação do Aproveitamento dos Estudantes (RAAE), vem a AEFA emitir o seu parecer sobre o referido documento.
No passado dia 5 de julho, foi solicitado à AEFA um parecer sobre o RAAE, que foi aprovado em sede de Conselho Pedagógico nessa mesma data.
Importa salientar que este documento chegou ao conhecimento da AEFA na sua versão final e aprovada, em conjunto com o Calendário Académico 2022/23. Importa ainda salientar que de acordo com o Regime Jurídico do Associativismo Jovem, é direito da AEFA emitir parecer sobre assuntos relacionados com o modelo de avaliação. É entendimento da AEFA que tal consulta deverá ser efetuada pelos Órgãos em tempo útil e em momento prévio à aprovação de documentação que esteja relacionada com a temática acima mencionada.
Infelizmente, tal não se verificou, e nesses termos, por considerarmos que não foi dado à nossa instituição o tempo necessário para proceder à emissão do referido parecer em momento prévio à sua aprovação, solicitámos ao Órgão que o mesmo seja tido em conta para uma nova aprovação. Em alternativa, iremos validar junto dos serviços jurídicos da AEFA quais os mecanismos que possam proteger os melhores interesses dos estudantes.
De uma forma bastante resumida, este documento (RAAE) implementa um novo modelo de avaliação, onde além de se remover a oportunidade dos estudantes poderem efetuarem a sua avaliação em Época de Recurso, se cria um conjunto novo de maiores limitações e menor flexibilidade nos momentos de avaliação.
Sem prejuízo de uma consulta mais atenta ao parecer que pode ser encontrado abaixo, a AEFA demonstra-se contra vários pontos:
1- Desde logo, a limitação, completamente sem nexo, dos estudantes com nota inferior a 7 valores não poderem ir a exame na primeira chamada.
2- A impossibilidade de prestar provas em época normal e época de recurso, reduzindo apenas a uma oportunidade de avaliação nas UC’s do tipo laboratorial.
3- A compressão de um calendário académico já de si bastante denso, quer em aulas, quer em avaliações.
4- Diversas incongruências e incompatibilidades que impossibilitam que os estudantes exerçam todos os seusi direitos.
